Mãe – E ai, tudo em paz?
Filho – Tudo
Mãe – Que bom. Manda foto.
Mãe – Oi. Cadê você?
Filho – Aqui.
Mãe – Por que você foi na manifestação?
Filho – Tenho 13 anos e fui porque de 1954 e 1964 já bastam os livros de história. É claro, também fui pela mortandela.
Mãe – Não entendi o que você quis dizer sobre 1954 e 1964 e os livros de história…
Filho – Não quero reviver a morte de Getúlio e o golpe de 64 num combo único. Continuando…
Mãe – Você acha que o Lula pode se matar e os militares tomar o poder?
Filho – Claro que não. Os tempos são outros. Mas perceba: a organização é a mesma. Pegue uma manchete de março de 64 ou agosto de 54. Tirando o fato de que o Vasco estava ganhando os campeonatos, elas são as mesmas, escritas da mesma forma, quiça pelas mesmas pessoas.
Mãe – O que você achou do que viu na manifestação?
Filho – Achei tudo muito bonito. Tinha senhoras de respeito, bandeiras do Brasil e pais com carrinho de bebê.
Mãe – O que você acha do Lula virar ministro?
Filho – Lula é o típico sindicalista. Carismático, bom de briga. É de fala, não da leitura. E sim, no lugar dele teria feito a mesma coisa: se estivessem um reality show ao vivo da minha investigação pediria foro privilegiado. Pelo menos, o Brasil voltará a ter um presidente…
Mãe – A Dilma é a presidenta…
Filho – Como presidenta, a Dilma é uma ótima engenheira. Ainda não sabe muito bem porque ela virou presidente, mas também não veio a passeio. Não tem jogo de cintura, mas é uma mulher de fibra.
Mãe – O que você acha que vai acontecer?
Filho – Muito provavelmente a Dilma perde na Câmara e talvez no Senado, deixando o espaço livre para o Vice Decorativo. Mas não tem como saber. Tá tudo muito coisado e inconstante. Renunciar ela não vi, afinal não é mulher de desistir.
Mãe – E o Moro?
Filho – Morinho, meu bem…não se esqueça que Nero foi declarado inimigo público e fugiu de Roma pela rota Sabina do sal, sem pompa nem filet mignon.
Mãe – Não entendi.
Filho – Tempo de entrevista encerrado. Think about it and you’ll understand.
Mãe – Não entendi a parte do Moro. Desenha.
Filho – Moro está pondo lenha na fogueira e sua ambição vai acabar lhe fazendo mal.
Mãe – Ok. Posso publicar?
Filho – Daqui a pouco nem mais os coxinhas da Fiesp vão o defender. Me manda como você vai publicar antes.
Mãe – Como assim? Censura?
Sen-sa-ci-o-naaaaallllll
Enviado do meu iPhone
>
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Obrigada Gabi pela mensagem
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Oxalá que tenham muitos filhos assim por esse Brasil!
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Muito obrigada pela mensagem. Como escritora e mãe
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kkkkk … mto bom
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Marcelo, obrigada por sua mensagem. abs
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Fantástico! Me tornei fã de mãe e filho
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Ligia, muito obrigada por sua gentil mensagem. O filho, realmente, é uma figura.
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Não tinha lido esse post, Chico gênio, que orgulho ! bj
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beijos
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Não tinha lido esse post, Chico gênio, que orgulho!
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Obrigada, querida. beijo grande
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Sensacional!!! Se o texto for de fato uma conversa entre você e seu filho… que legado está deixando para o mundo, hein Claudia?!?! Chico, Francisco, quase Theo: ele é o futuro. Oremos!
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Eliane, obrigada por sua mensagem. Sim, essa conversa foi verdadeira. Ele é muito especial. um beijo
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2 anos, 2 meses, e 13 dias depois…bom ler este texto novamente. Obrigada por dividir comigo e com o mundo esta mensagem. Adorei a parte do vice decorativo (referência ao Temer). Sensacional.
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Afra, como vai? Obrigada pela leitura. Tanta coisa mudou nestes dois anos e dois meses. Caramba. Fico feliz que você siga gostando do texto. beijos
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