Fui militante. Sou militante. As causas são diferentes. As causas, no fundo, são as mesmas. Porque eu mudei e fiquei igual. Bem daquele jeito que dizia Giuseppe Lampeduza no livro O Leopardo (o filme do Visconti é a mais bela versão de livro em película que já vi). Há 35 anos, minha causa era a justiça social, uma causa brotada na Revolução Francesa, à base de Igualdade, Liberdade e Fraternidade. À época, chamava-se socialismo.
Hoje, minha causa é a justiça social, a igualdade de gênero e raça, o consumo consciente e a mobilidade urbana. Não tem mais nome, porque os políticos conseguiram acabar com os ismos do meu tempo. Mas o desejo é o mesmo, só que fragmentado em capítulos para termos a impressão de que um dia vamos dar conta de pelo menos um deles.
Hoje falei sobre consumo consciente em uma palestra na Casa TPM (um evento lindo, criado para as leitoras e fãs da marca, que acontece no Clube Nacional, em São Paulo. A boa notícia é que no passado o clube era proibido para mulheres e hoje éramos maioria por lá). Este assunto me é caro. Depois que perdi o crachá precisei rever todas as minhas muitas contas e mudar o meu padrão de consumo. Vendi carro, celular, cancelei pacote plus de canal a cabo, cortei restaurante estrelado da minha vida, deixei de comprar roupa, parei de desperdiçar comida e passei a cuidar com atenção e carinho de cada tostão.
É difícil ? Não. É sofrido? Não. É complicado? Para mim, não. Friso o pronome pessoal.
Para mim não é difícil, nem sofrido ou complicado porque minha autoindulgência nunca, jamais, em tempo algum se deu pelo consumo. Não coleciono joias, bolsas ou sapatos. Depois que perdi do emprego, trabalho em casa ou na minha pousada (www.pousadaacapela.com.br) de bermuda, camiseta e havaianas. Sou feliz assim, às vezes, parecendo um molambo. O que tenho pendurado no armário dá para três encarnações.
Sei, no entanto, que muitas pessoas sentem muito prazer ao fazer compras. Elas se dão carinho, se agradam com o cartão de crédito em mãos. Entendo que para elas é difícil mudar de hábito. É tão violento e disruptivo como parar de fumar. Ou deixar de beber. Ou banir a carne ou o doce do cardápio. É uma escolha. Pessoal e intransferível. Acho que vale a pena, especialmente para aqueles que perderam renda e precisam colocar as contas em dia. Deixar de gastar, permitirá mais fôlego para seguir procurando uma nova ocupação ou uma nova fonte de renda. Com o movimento, a autoindulgência da semana pode ser tirar uma tarde de folga. Ficar de papo para o ar no parque. Ler um livro. Andar de bike pela cidade. Brincar com o filho depois da escola. Namorar. Assistir aquele DVD esquecido debaixo da poeira. Faço isso de vez em quando e é bom demais.
Claudinha, você descobriu realmente o segredo da felicidade. As coisas simples e tão fáceis de se ter. Não adianta tanto dinheiro, posses, se não temos tempo de curtir as coisas simples da vida. A natureza, a verdadeira amizade, tempo para filhos, familia são coisas que as vezes corremos tanto e desprezamos de curti-las e darmos atencão. Você nesse seu artigo dá uma regra simples e fácil de ser feliz. O grande problema é a reação da sociedade perante nós. Temos que pular o muro e ser feliz.
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querido Pirajá, muito obrigada por sua mensagem e suas palavras. Estou pulando o muro todos os dias. 🙂
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Texto sensacional!
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Vilma, obrigada por sua mensagem. grande abraço
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Obrigada, Vilma.
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Claudia, você teria alguma e-mail que possa entrar em contato? Sou Flávia, psicóloga, moro em Fortaleza- CE e tenho uma página na área de RH no facebook. Grata.
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Flavia, meu email é claudiagiudice2014@gmail.com
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Bom Dia Claudia!
A sua história da um Filme. Parabéns pelas publicações, são informativas, descontraídas e motivadoras para quem ainda depende do “mundo corporativo”.
Como poderia estar compartilhando as sua publicações no Linkedin?
Tenha uma ótima semana!
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Moises, obrigada por sua mensagem. Eu público meus textos também no LinkedIn . Abs
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Indulgência é algo maravilhoso a ser aplicado conosco ou com o próximo, mas poucos tem o “dom” de aderi-la. Seu texto é emocionante Cláudia, pois mostra a pessoa sensível e linda de espírito que vc é.
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Meire, obrigada por sua mensagem. Vc é muito gentil. Nem mereço tanto. Beijo
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“Vida simples não é uma vida de carência… Uma vida simples é aquela que a gente tem suficiência de recursos” – Mário Sérgio Cortella (https://youtu.be/sglbbzuIUxs)
Seu texto convida para um reflexão muito importante para hoje e para o futuro. É uma reflexão que eu sinto a maior parte das pessoas com falta de maturidade. Entretanto, se o tema não for abordado, a consciência não será despertada. Beijos e parabéns pelo seu trabalho!!!
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Obrigada, Marina. Muito obrigada. Beijo
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Oi Claudia – Encontrei um artigo da Deloitte University Press sobre Bike Commuting. Vou enviá-lo a você!
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Oi Marina, superobrigada!!!!! Beijo
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Desde que meu marido, me pediu para ler seu texto” minha vida sem crachá,”me tornei sua fã. Esse especialmente está ótimo.
Parabéns .
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Obrigada Ana Luiza. Fico feliz que vc gostou. E agradeça seu marido. Abraço
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Claudia, estive ontem na Casa TPM, assisti à sua fala e adorei. Li alguns posts do seu blog e gostei ainda mais de sua escrita. Acabo de comprar seu livro 🙂 Desejo muita sorte.
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LSM muito obrigada por sua mensagem. Fico muito feliz que vc gostou da palestra e dos post. Tomara que goste do livro.
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Ao caminho do trabalho ouvi sua entrevista hoje na Metrópole, no programa “Roda Baiana”. Fiquei curiosa para saber mais sobre “A vida sem crachá” e busquei a sua página na internet. Agora vou correr para fazer a leitura do livro. Sucesso sempre! Amei os textos que estão disponíveis aqui.
Catia
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Obrigada Catia por sua mensagem. Espero que você goste do livro. Foi escrito com o mesmo tom dos textos. grande abraço
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